Chronique par Pedro Tavares sur Rua de Baixo (Mars 2013)

Viagem ao desconhecido pelos trilhos da improvisação livre

Quando escutei este álbum pela primeira vez tive a sensação de estar a ouvir música. Sem tirar mérito a tudo o que está feito e àquilo que se considera como tal, o certo é que o que se ouve em “En Corps” é diferente, é distinto, é belo!

Constituído por Eve Risser (p), Benjamin Duboc (b) e Edward Perraud (cb), este trio pouco ou nada tem que ver com a clássica formação de jazz, na qual o piano assume usualmente um papel preponderante e substituído neste caso pelo contrabaixo. Liderado por Eve Risser, o trio leva-nos numa viagem ao desconhecido, através dos trilhos da improvisação livre, numa linguagem não idiomática, onde a estética sonora, fruto da criatividade dos músicos, é gerada a partir do trabalho meticuloso e sublime na forma não convencional como os instrumentos são abordados.

É um desafio escutar este trabalho, pois somos constantemente surpreendidos com o que estamos a ouvir. Às vezes o som é mais dark ambient, outras vezes hard, outras mais frio, mas o certo é que cativa e contagia. Quando chega ao fim, não queríamos que parasse.

Editado pela Dark Tree Records, “En Corps” é considerado por muita da imprensa internacional como o melhor álbum de jazz de 2012. Touché!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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